João vê o trono de Deus.
Os vinte e quatro anciãos.
Os quatros seres viventes cheios de olhos.
Os anciãos depositam suas coroas e adoram Aquele que Se assenta no trono.
1 - Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas.
A. Depois destas coisas: Isto é depois da visão de Apocalipse 1:10 a 3:22. As palavras “depois destas coisas” não implica na relação cronológica entre os últimos eventos da visão anterior e o que está prestes a ser relatado.
B. Olhei: Ou “vi”, palavra que João usa diversas vezes para introduzir novos símbolos ou cenas (ver com. de Ap 1:2).
C. Porta aberta no céu: Talvez uma porta para a sala do trono do universo. Aberta ou, "permanecendo aberta". Não "para dentro do céu", como se João estivesse do lado de fora, olhando para dentro. Uma vez que, olhando de dentro, ele contemplou o trono de Deus, a porta deveria estar aberta para a sala do trono do universo. A sala do trono é identificada com o lugar santíssimo do santuário celestial.
Após a análise da condição da igreja na Terra (Ap 1-3), a atenção de João é dirigida por uma visão simbólica do trono de Deus no Céu. Fica claro que a descrição do trono de Deus e a cena a seu redor (Ap 4 e 5) devem ser compreendidas de maneira simbólica, em vez de literal. Por exemplo, Cristo é caracterizado a exemplo de “um Cordeiro como tendo sido morto”, que “tinha sete chifres, bem como sete olhos” (Ap 5:6). Entretanto, Ele estava vivo e apto a Se movimentar e tomar o livro da mão de Deus. Levando em conta que esta é uma cena simbólica, conclui-se que todo o episódio profético deve ser interpretado da mesma maneira. Ao usar símbolos, o profeta é capaz de transcender os objetos comuns e materiais da vida humana e alcançar níveis mais elevados do coração e da mente com impressões do Céu que desafiam a linguagem humana (ver com. de Ez 1:10).
D. A primeira voz: O significado original é expresso com mais clareza como: “Eis que[...] a primeira voz que eu ouvi como uma trombeta falando a mim estava dizendo”. Sem dúvida, esta voz é a que apresentou a primeira visão (Ap 1:10) e então apresenta a segunda.
E. Sobe para aqui: Um convite para João entrar na visão, afastando seus sentidos dos entornos terrenos e os concentrando nas coisas celestiais.
F. Depois destas coisas: Isto é, não necessariamente após o cumprimento da visão anterior, mas do ponto de vista do tempo de João. Logo, esta declaração é paralela à de Apocalipse 1:1.
Comentário Bíblia Fácil
Saímos de uma porta no capítulo 3:20 para uma outra no capítulo 4:1. O Santuário terrestre era um tipo do Santuário Celestial (Hb 8:5; 9:23, 24), e João contemplou “uma porta aberta no céu”, não aberta para o céu, isto é, era uma porta no Santuário Celestial. Depois de contemplar a porta, João houve a mesma voz de trombeta que havia ouvido na visão do Cristo ressurreto (Ap 1:10). Jesus inicia as revelações a João fazendo-lhe um convite para entrar por esta porta. Jesus mostra a João o que aconteceria “depois destas coisas”, certamente uma alusão aos eventos que teriam lugar na história, como os períodos das sete igrejas dos capítulos anteriores.
2 - Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado;
A. Me achei em espírito: Do gr. en pneumati (ver com. de Ap 1:10). João entra em visão pela segunda vez. Não se sabe quanto tempo se passou entre esta visão e a primeira.
B. Eis armado no Céu um trono: Armado. Ou, “estava armado”. O trono já estava ali.
C. Alguém sentado no trono: A reverente reticência de João em relação ao Governante do universo, evitando termos antropomórficos, fica evidente quando ele O descreve, usando apenas o particípio kathemenos, “sentado”, sem definir quem estava assentado. Ele indica apenas que havia uma pessoa no trono. Essa referência ao Pai está em contraste com a detalhada descrição do Filho (Ap 1:13-16); mas o Filho é tanto humano quanto divino, por isso pode ser descrito em termos humanos (v 3; Ap 6:16; 7:10).
Comentário Bíblia Fácil
A palavra trono ocorre 62 duas vezes no Novo testamento. Destas 47 aparecem no livro de Apocalipse e, no capítulo 4, temos 14 ocorrências, ou seja, trono é uma palavra chave neste capítulo. Este é o trono de Deus e suas várias referências servem para nos lembrar que existe um trono exaltado acima de todos os tronos, de onde Deus governa este planeta conduzindo sua história para uma final feliz a todos os que aceitam Seus planos. O cenário da visão do capítulo 4 e 5 de Apocalipse é o próprio Santuário Celestial, onde se encontra o trono de Deus e Cristo ministra em favor de Seus filhos.
3 - e esse que Se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda.
João havia descrito a Jesus em termos humanos, de acordo com que ele viu (Ap 1:13-16). Já no capítulo 4 ele não diz quem estava sentado no trono. Havia uma presença e por causa de Seu caráter divino, e muito brilho ao Seu redor (Ez 1:26-28). Outros textos indicam que aquele que está sentado no trono é Deus, o Pai (Ap 4:10, 11; 6:16, 17; 7:9), contudo Deus e Jesus estão intimamente unidos (João 10:30) que algumas vezes João os vê partilhando o mesmo trono (Ap 5:6; 7:17; 22:1, 3).
A. Esse que Se acha assentado: Aqui, mais uma vez, somente o particípio é usado (ver com. do v 2).
B. Pedra de jaspe: Do gr. iaspis. Não se trata precisamente do jaspe atual, mas de uma pedra descrita, pelo antigo naturalista Plínio, como translúcida. João recorre várias vezes às pedras preciosas para descrever cores brilhantes, pois a luz do sol reluzindo nas pedras fazia transparecer algumas das cores mais brilhantes que as pessoas de sua época conheciam. Nesse caso, iaspis provavelmente descreve uma luz intensa e resplandecente, mais notável pelo brilho do que pela cor.
C. Pedra de Sardônio: A cornalina ou outra pedra de cor avermelhada. Plínio observa que esta pedra era encontrada em Sardes e, por isso, recebeu o nome da cidade. Nesta passagem descreve uma luz vermelha brilhante.
C. Arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda: Comparar com a visão do trono de Deus, por Ezequiel (Ez 1:26-28). Isto é, de cor esverdeada. O brilho da luz irrompendo da presença do trono era temperado pela luz verde e suave de um arco-íris em círculo. Esse arco-íris representa a união de justiça e misericórdia que caracteriza o governo de Deus.
Comentário Bíblia Fácil
O arco-íris é semelhante a esmeralda. O verde vivo desta pedra expressa bem a misericórdia de Deus e, ao redor do trono, o arco-íris é um belo símbolo de esperança. Quando apareceu pela primeira vez o arco-íris foi um sinal do eterno concerto de paz da parte de Deus (Gn 9:11-17). O arco-íris circundando o trono é uma figura da misericórdia e justiça divina que se encontram e se misturam. O salmista declara (Salmo 85:10): “Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram”.
4 - Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos, e assentados neles, vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro.
A. Tronos: Do gr tharonoi. Os 24 anciãos foram vistos assentados em 24 tronos ao redor do trono de Deus.
B. Vinte e quatro anciãos: Esta cena lembra a declaração em Isaías 24:23: “O Senhor reinará [...] e perante os anciãos são retratados vestidos de branco, o que pode simbolizar justiça (ver com. de Ap 3:4), e com “coroas” na cabeça (stephamoi), emblemas de vitória (ver com. de Ap 2:10). Esses elementos levaram alguns a sugerir que eles representam os remidos.
Uma das interpretações defende que a descrição do trono celestial (Ap 4 e 5) deve ocorrer antes do início dos eventos dos sete selos. Assim, se os 24 anciãos eram seres humanos, conclui-se que são pessoas que já estavam no Céu nos dias de João. Com frequência, eles são identificados com os santos que saíram da sepultura por ocasião da ressurreição de Cristo (Mt 27:52, 53; Ef 4:8), uma vez que se trata de um grupo que já ressurgiu. A ressurreição principal ainda é futura (1Ts 4:16). Portanto, a presença de seres humanos no Céu não pode ser considerada evidência de que a ressurreição de todos os remidos precederá os acontecimentos retratados nos selos.
Outra interpretação compara os 24 anciãos com os 24 turnos do sacerdócio levita. Assim como os sacerdotes ministravam diante de Deus no santuário terreno, João vê 24 anciãos ministrando no santuário celestial.
Outra sugestão é que os 24 anciãos simbolizam Israel em seu sentido mais pleno (ver com. de Ap 7:4): 12 simbolizando Israel literal, o povo de deus antes da cruz, e os outros 12, o Israel espiritual, a igreja cristã, o povo de Deus a partir da cruz. Assim eles podem ser comparados aos 12 patriarcas e aos 12 apóstolos. Esse ponto de vista enfatiza o caráter simbólico das figuras, em vez de compreendê-las como santos literais que já estão no Céu (ver com. do v. 1).
C. Vestidos de branco. Ver com. de Ap 3:18.
D. Coroas de ouro. Símbolo de vitória das promessas de Deus aos vencedores. Ou, neste caso, talvez seja apenas um símbolo de preciosidade.
Comentário Bíblia Fácil
Os vinte e quatro anciãos são mencionados 12 vezes no Apocalipse. Eles vestem branco, como os sacerdotes do tempo de Israel, um símbolo da “justiça dos santos” (Ap 19:8). O fato de usarem coroas de ouro indica que foram vitoriosos sobre o pecado (2Tm 4:8). Isso pode indicar pecadores salvos pela graça e que foram escolhidos para representar todos os salvos de todas as nações do mundo. A diz em Efésios 4:8 “Por isso é que foi dito: "Quando ele subiu em triunfo às alturas, levou cativo muitos prisioneiros, e deu dons aos homens". Para iniciar seu ministério no Santuário celestial, Jesus foi ungido com “óleo da alegria como a nenhum dos teus companheiros” (Hb 1:9). Esses “companheiros” não eram anjos, eram homens. Há uma possibilidade de serem os mortos que com Ele forma despertos de suas sepulturas (Mt 27:50-53).
Os vinte e quatro anciãos — Quem são estes seres que rodeiam o trono de glória? Observe-se que estão vestidos de branco e têm na cabeça coroas de ouro, que são sinais tanto de um conflito terminado como de uma vitória ganha. Daqui concluímos que participaram anteriormente na luta cristã, trilharam outrora, com todos os santos, esta peregrinação terrena, mas venceram, e, com antecipação à grande multidão dos remidos, estão com suas coroas de vitória no mundo celeste. Com efeito, nos dizem isso claramente no cântico de louvor que tributam ao Cordeiro: “E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, parque foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.” (Ap 5:9) Este cântico é cantado antes de se realizar qualquer dos acontecimentos preditos na profecia dos sete selos, porque é cantado para estabelecer que o Cordeiro é digno de tomar o livro e de abrir os selos, visto Ele próprio já ter operado a redenção deles. Não é algo colocado aqui por antecipação, com aplicação apenas no futuro, mas expressa um fato absoluto e consumado na história dos que o cantam. Esta, pois, era uma classe de pessoas remidas desta Terra, como todos devem de ser remidos: pelo precioso sangue de Cristo. APLCDA 408.3
Encontraremos alguma outra parte outra referência a esta classe de remidos? Cremos que Paulo se refira ao mesmo grupo, quando escreve assim aos efésios: “Pelo que diz: Subindo ao alto levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens.” O original diz: levou “uma multidão de cativos.” Efésios 4:8. Retrocedendo aos acontecimentos relacionados com a crucifixão e ressurreição de Cristo, lemos: “Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.” Mt 27:52, 53. A página sagrada dá, pois, a resposta à nossa pergunta. Estes são alguns dos que saíram dos sepulcros quando Cristo ressuscitou, e foram contados entre a ilustre multidão que Ele tirou do cativeiro do sombrio domínio da morte quando subiu em triunfo ao Céu. Mateus fala de a Sua ressurreição, Paulo de Sua ascensão, e João os contempla no Céu, fazendo os sagrados deveres para o cumprimento dos quais foram ressuscitados.
5 - Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, ardem sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus.
A. Relâmpagos, vozes e trovões: Uma das expressões favoritas de João (Ap 8:5; 11:19; 16:18), que provavelmente retrata poder e majestade (ver Jó 37:4, 5; Sl 29:3, 4; Ez 1:13).
B. Sete tochas de fogo: Ou, “sete lâmpadas inflamadas” (ver com. de Ap 5:6). Embora elas tenham uma semelhança superficial com os sete “candeeiros” (Ap 1:12), são chamadas de “lâmpadas” (gr. lampádes), não de “candelabros” ou “candeeiros” (gr. luchnia ver com. de Ap 1:12). Além disso afirma-se que elas representam os sete Espíritos de Deus, ao passo que os candeeiros aludem às sete igrejas (Ap 1:20). Com base nesse simbolismo, alguns identificam a “porta” (Ap 4:1) como uma abertura para o primeiro compartimento do santuário celestial.
No santuário terrestre havia um candelabro com sete lâmpadas, as quais deveriam estar sempre acesas (Ex 25:31-39). Sendo o número sete uma figura de totalidade e perfeição, neste contexto se refere ao Espírito de Deus em Sua plenitude (Zc 4:10; Pv 15:3). Assim a visão revela a presença da Trindade neste capítulo, de modo semelhante em Gênesis e capítulo 1 de Apocalipse.
C. Sete Espíritos de Deus: Ver com. de Ap 1:4.
6 - Há diante do trono um como que mar de vidro, semelhante ao cristal, e também, no meio do trono e à volta do trono, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás.
A. Mar de vidro: Esta descrição tem bastante em comum com a visão de Ezequiel do trono de Deus, que ficava sobre um “firmamento” (Ez 1:26). Nos tempos antigos, o vidro era muito valioso do que hoje. Aqui, ele representa a aparência transparente e cristalina da superfície sobre a qual fica o trono.
B. Semelhante ao cristal: Do gr. krustallos, palavra que pode significar “cristal”, um mineral transparente, ou “gelo”. O que João viu foi uma vasta expansão cintilante, que refletia gloriosamente o esplendor verde e vermelho em torno do trono (comparar com a visão de Ez 1:22).
C. No meio do trono: É possível que, assim como os querubins de Ezequiel (Ez 1:22, 26), estes seres viventes fossem vistos debaixo do trono, assim como ao seu redor. O simbolismo usado nesta passagem está em harmonia com o antigo pensamento semítico.
D. Seres viventes: Do gr. zõa. A palavra zõa não sugere a que espécie de criatura esses quatro seres viventes pertenciam. No entanto, eles se parecem muito com os que Ezequiel viu (ver com. de Ez 1:5-26) e chama de querubins (Ez 10:20-22).
E. Cheios de olhos: Ver Ezequiel 1:18; 10:12. Pode-se compreendê-los como um símbolo da inteligência e vigilância incessante dos seres celestiais.
Uma vez que o símbolo dos olhos é extraído de Ezequiel, é possível interpretá-lo também com base no pensamento hebraico. Nove vezes no AT, a palavra heb. ayin, “olho”, é usada com o sentido de “cor” ou “brilho” (Pv 23:31; Ez 1:4, 7, 16, 22, 27; 8:2; 10:9; Dn 10:6). Isso sugere que, ao dizer que os quatro seres viventes eram “cheios de olhos”, João estava afirmando que eles tinham um brilho reluzente.
7 - O primeiro ser vivente é semelhante a leão, o segundo, semelhante a novilho, o terceiro tem o rosto como de homem, e o quarto ser vivente é semelhante à águia quando está voando.
A. Leão: Aqui, cada um dos quatro seres viventes apresenta uma das quatro faces características de cada querubim da visão de Ezequiel (ver com. de Ez 1:10; 10:14).
8 - E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.
João não foi o primeiro profeta que contemplou estes quatro seres viventes. O profeta Ezequiel teve visão similar (Ez 1:4-10). Estes seres pertencem a categoria de serafins, já que possuem seis asas (Is 6:1-3), enquanto que os querubins possuem quatro asas (Ez 10:19-21). Alguns comentaristas bíblicos ligam estes quatro seres viventes a quatro aspectos do ministério de Cristo, realçados nos evangelhos. Mateus escreve sobre o caráter real de Jesus dando ênfase ao rei em seu reinado (Mt 25:34; 27:37). Isto é bem simbolizado pelo leão, o majestoso rei dos animais. Marcos retrata a Jesus principalmente como servo dos homens (Mc 9:35; 10:44), sendo o novilho (boi) o símbolo do serviço. O evangelista Lucas revela Jesus como filho do homem (Lc 4:1-2; 9:56), daí o rosto de homem. Por sua vez, João destaca a divindade de Jesus (Jo 1:1, 14; 10:1-2, 30). Essa característica de Jesus é simbolizada pela águia voando.
A. Seis asas, estão cheios de olhos: Os querubins da visão de Ezequiel tinham quatro asas (Ez 1:6; 10:21), ao passo que os serafins de Isaías contavam com seis (Is 6:2). É possível compreender as asas como indicadoras da velocidade com que as criaturas celestiais executam suas tarefas (Hb 1:14).
B. Cheios de olhos: Ver com. do v. 6.
C. Não tem descanso: Em geral, as pessoas trabalham durante o dia e descansam à noite, mas “não dormita, nem dorme o guarda de Israel” (Sl 121:4). O poder divino que sustenta o universo nunca dorme.
D. Nem de dia nem de noite: A noite interrompe a maioria das atividades humanas, mas ela não interfere no preito de louvor incessante a Deus que provém dos seres celestiais.
E. Santo, Santo, Santo: Este também é o brado dos serafins na visão de Isaías (ver com. de Is 6:3). Não há motivo válido para considerar que esse louvor triplo subentende uma referência à Trindade, pois é dirigido à presença que se encontra no trono, o Pai. A segunda e a terceira pessoas da Trindade são representadas por outros símbolos (Ap 4:5; 5:6).
F. O Senhor Deus, o Todo-Poderoso: Ver com. de Ap 1:8.
D. Aquele que era, que é e há de vir: Ver com. de Ap 1:4.
9 - Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graças ao que se encontra sentado no trono, ao que vive pelos séculos dos séculos,
A. Esses seres viventes: Ver com. do v. 6. O louvor elevado aqui é antifonal. É iniciado pelas criaturas celestiais, que ficam mais próximas de Deus.
B. Ações de graças: Assim como os homens, os seres celestiais devem gratidão a Deus, pois foi Ele quem lhes deu vida. Existem para Sua glória. Em última instância, Deus não deve nada a Suas criaturas são elas que lhe devem tudo.
C. Ao que se encontra sentado: Ver com. do v. 2.
D. Ao que vive pelos séculos dos séculos: Comparar com a expressão do AT “o Deus vivo” (Js 3:10; Sl 42:2; 84:2). Deus é a fonte de toda vida, e o fato de viver “pelos séculos dos séculos” é a base para o sustento incessante da natureza (ver com. de Jo 1:4; Ap 4:8).
10 - os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante dAquele que se encontra sentado no trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas coroas diante do trono, proclamando:
A. Vinte e quatro anciãos: Ver com. do v. 4.
B. DAquele que se encontra sentado no trono: Ver com. do v 2.
C. Vive pelos séculos dos séculos: Ver com. do v. 9.
D. Depositarão as suas coroas diante do trono: Ver com. do v. 4.
11 - Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.
A. Tu és digno: Deus é “digno” de receber louvor de Suas criaturas porque lhes deu vida e tudo o mais que possuem. Ele as fez serem o que são.
B. Senhor e Deus nosso: Os defensores da ideia de que os 24 anciãos são seres humanos destacam que o uso do título kurios, "Senhor", pelos anciãos e não pelos quatro seres viventes parece significativo, pois kurios é o equivalente em grego do heb. Yahweh, o nome divino que Deus usou para Se revelar a Seu povo (ver Êx. 6:2-3). Esse título, afirmam eles, é muito adequado para o louvor humano.
C. Por causa da tua vontade: Agradou a Deus criar o universo e dar a vida a suas criaturas. Ele percebeu que era bom fazê-lo. De Seu ponto de vista, não havia nada de desejável em permanecer sozinho em um universo vazio. Foi de Seu agrado que o universo fosse povoado por seres inteligentes, capazes de apreciar e refletir Seu amor infinito e caráter perfeito. Esse foi o propósito de Deus ao criá-los.
D. Vieram a existir e foram criadas: Por meio da expressão “eles foram”, João se refere, sem dúvida, à existência do universo depois que Deus o criou. O Senhor criou e mantém todas as coisas (ver com. de Cl 1:17).
REFERÊNCIAS
Bíblia Online (Almeida Revista e Atualizada, Bíblia - Almeida Corrigida Fiel, Bíblia - Nova Almeida Atualizada). https://www.bibliaonline.com.br/
Revista BibliaFacil Apocalipse
Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia: Filipenses a Apocalipse, Volume 07. CPB, Tatuí, SP. 2014.
https://noticias.adventistas.org/pt/coluna/diogo-cavalcanti/as-sete-igrejas-e-jesus/ > Acesso em 29 de Maio. 2021.
Centro de Pesquisas Ellen G. White Título do Original: “Thoughts on Daniel and the Revelation” Escrito por Uriah Smith Publicado em português originalmente por: Publicadora Atlântico. 2014. https://www.unasp.br/ec/sites/centrowhite/wp-content/uploads/2019/02/Daniel-e-Apocalipse.pdf > Acesso em 29 de Maio. 2021.
https://m.egwwritings.org/pt/book/12173.1678 > Acesso em 29 de Maio. 2021.
http://ellenwhite.cpb.com.br/livro/index/5/578/592/o-apocalipse > Acesso em 29 de Maio. 2021.