- A mulher vestida do sol, em trabalho de parto.
- O grande dragão vermelho fica em frente à mulher, a fim de lhe devorar o filho.
- Quando ela O dá a luz, foge para o deserto.
- Miguel e Seus anjos lutam com o dragão e prevalecem.
- O dragão é atirado à Terra e persegue a mulher.
1 Viu-se grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça.
A. Viu-se: Apocalipse 12 inicia uma nova série de profecias, que continua até o fim do livro. Esta seção profética apresenta a igreja de Deus em conflito com os poderes do mal e o triunfo final de Cristo e da igreja sobre eles.
B. Sinal: Do gr. sēmeion, “sinal", "marca”, "símbolo", de sēmaino,“dar um sinal”, “simbolizar", "indicar" (ver com. de Ap 1:1). A palavra é frequentemente traduzida desta forma (ver Lc 23:8; Jo 4:54), em ocasiões nas quais um milagre é apresentado como um sinal de autoridade. Aqui (Ap 12:1), sēmeion significa um sinal que aponta para acontecimentos futuros.
C. Céu: Com certeza, esta é uma referência ao céu atmosférico, não à morada de Deus (sobre as visões simbólicas, ver com. de Ez 1:10).
D. Uma mulher: Mulher no AT, a igreja verdadeira é, às vezes, representada por uma mulher pura (ls 54:5,6; Jr 6:2). Quando a igreja-apostata, é comparada a uma mulher corrompida (Jr 3:20; Ez 23:2-4). As mesmas figuras ocorrem no NT (2Co 11:2; Ef 5:25-32; Ap 17:1-3).
Em Apocalipse 12, a mulher representa a igreja verdadeira. Como é retratada prestes a dar à luz o Messias (ver v. 2, 4, 5) e, mais tarde, sendo perseguida após a ascensão dEle (v. 5, 13-17), ela simboliza a igreja tanto do AT quanto do NT (comparar com At 7:38).
E. Vestida do sol: Esta é uma imagem da glória de Deus, sobretudo em sua revelação no evangelho. Em contrapartida, a mulher que representa a falsa igreja é retratada vestida de forma lasciva, com um cálice cheio de abominações (Ap 17:4).
F. Lua: Muitos entendem que este símbolo representa o sistema de tipos e sombras dos tempos do AT, o qual foi obscurecido pela revelação maior por meio dEle Cristo. A lei cerimonial, cumprida na vida e morte de Cristo, pode muito bem ser representada pela Lua, que brilha com luz derivada do Sol.
G. Coroa: Do gr. stephanos, a coroa de um vencedor (ver com. de Mt 27:29;Ap 2:10), não diadēma, uma coroa real (ver com. de Ap 12:3).
H. Doze estrelas: De modo geral, os comentaristas aplicam este símbolo aos doze patriarcas, aos doze apóstolos ou a ambos. Uma vez que a ênfase do Apocalipse está na igreja do NT, sem dúvida, o destaque é para os doze apóstolos. Ao mesmo tempo, a figura das doze tribos é estendida à igreja do NT (ver com. de Ap 7:4).
A. Viu-se: Apocalipse 12 inicia uma nova série de profecias, que continua até o fim do livro. Esta seção profética apresenta a igreja de Deus em conflito com os poderes do mal e o triunfo final de Cristo e da igreja sobre eles.
B. Sinal: Do gr. sēmeion, “sinal", "marca”, "símbolo", de sēmaino,“dar um sinal”, “simbolizar", "indicar" (ver com. de Ap 1:1). A palavra é frequentemente traduzida desta forma (ver Lc 23:8; Jo 4:54), em ocasiões nas quais um milagre é apresentado como um sinal de autoridade. Aqui (Ap 12:1), sēmeion significa um sinal que aponta para acontecimentos futuros.
C. Céu: Com certeza, esta é uma referência ao céu atmosférico, não à morada de Deus (sobre as visões simbólicas, ver com. de Ez 1:10).
D. Uma mulher: Mulher no AT, a igreja verdadeira é, às vezes, representada por uma mulher pura (ls 54:5,6; Jr 6:2). Quando a igreja-apostata, é comparada a uma mulher corrompida (Jr 3:20; Ez 23:2-4). As mesmas figuras ocorrem no NT (2Co 11:2; Ef 5:25-32; Ap 17:1-3).
Em Apocalipse 12, a mulher representa a igreja verdadeira. Como é retratada prestes a dar à luz o Messias (ver v. 2, 4, 5) e, mais tarde, sendo perseguida após a ascensão dEle (v. 5, 13-17), ela simboliza a igreja tanto do AT quanto do NT (comparar com At 7:38).
E. Vestida do sol: Esta é uma imagem da glória de Deus, sobretudo em sua revelação no evangelho. Em contrapartida, a mulher que representa a falsa igreja é retratada vestida de forma lasciva, com um cálice cheio de abominações (Ap 17:4).
F. Lua: Muitos entendem que este símbolo representa o sistema de tipos e sombras dos tempos do AT, o qual foi obscurecido pela revelação maior por meio dEle Cristo. A lei cerimonial, cumprida na vida e morte de Cristo, pode muito bem ser representada pela Lua, que brilha com luz derivada do Sol.
G. Coroa: Do gr. stephanos, a coroa de um vencedor (ver com. de Mt 27:29;Ap 2:10), não diadēma, uma coroa real (ver com. de Ap 12:3).
H. Doze estrelas: De modo geral, os comentaristas aplicam este símbolo aos doze patriarcas, aos doze apóstolos ou a ambos. Uma vez que a ênfase do Apocalipse está na igreja do NT, sem dúvida, o destaque é para os doze apóstolos. Ao mesmo tempo, a figura das doze tribos é estendida à igreja do NT (ver com. de Ap 7:4).
2 A mulher estava grávida e gritava com dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz.
A. Mulher estava grávida: A igreja é apresentada na época em que o Messias estava prestes a nascer. Alguns enxergam aqui uma referência a Isaías 7:14 (sobre o símbolo de uma mulher em trabalho de parto, ver Is 26:17; 66:7,8).
3 Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e, nas cabeças, sete diademas.
A. Viu-se, também, outro sinal no céu: Sinal, Do gr.sēmeion (ver com. do v. 1).
B. Dragão [...]vermelho: No v. 9, o dragão vermelho é identificado como “a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás”. Nestes versículos, o símbolo representa Satanás atuando por meio de Roma pagã, o poder que dominava o mundo quando Jesus nasceu (ver com. do v. 4). É provável que o dragão seja caracterizado como "vermelho” porque, em toda sua relação com a igreja de Deus, ele aparece no papel de perseguidor e destruidor. É seu propósito destruir os filhos do Altíssimo.
C. Sete cabeças: Sete cabeças também são vistas na besta que emerge do mar (Ap 13:1) e na besta escarlate (Ap 17:3). As cabeças são identificadas como “sete montes" e “sete reis” (17:9, 10). Parece razoável concluir que as sete cabeças do dragão representam os poderes políticos que apoiaram sua causa e por meio dos quais ele exerceu perseguição. Alguns argumentam que o número “sete” aqui é usado como valor arredondado que significa completude não sendo necessário encontrar sete nações específicas por meio das quais Satanás atuou (comparar com Ap 17:9,10).
Uma serpente de sete cabeças era parte da mitologia antiga(ver com. de ls 27:1).
D. Dez chifres: As bestas de Apocalipse 13 e 17 também têm dez chifres. Alguns defendem que os dez chifres do dragão são idênticos aos das duas bestas e que são equivalentes aos dez chifres do quarto animal (Dn 7; sobre a identificação dos dez chifres do quarto animal, ver com. de Dn 7:7). Outros enxergam nos dez chifres do dragão uma designação mais genérica dos poderes políticos menores por meio dos quais Satanás age ao longo da história, em contraste com as sete cabeças, que são vistas como representantes dos principais poderes políticos. Sugerem que o número “dez” pode ser aproximado, como acontece outras vezes nas Escrituras (ver com. de Lc 15:8; comparar com Ap 17:9,10).
E. Nas cabeças: O fato de usarem símbolos da realeza pode ser considerado mais uma evidência de que representam reinos políticos.
F. Diademas: Do gr. diadēmata, diadēma no singular; literalmente, “algo amarrado em volta”, de diadeō, “atar em volta". A palavra era usada para descrever o emblema de rei usado pelos monarcas persas, um laço azul com bordas brancas, colocado no turbante. Por isso, a palavra passou a ser usada como sinal de realeza. Diadēmata ocorre apenas aqui e em Apocalipse 13:1 e 19:12. Diadēma faz contraste com stephanos, termo traduzido por "coroa" (Mt 27:29; 1Co 9:25; 2Tm 4:8, etc.), que era uma grinalda dada como prêmio pela vitória (ver com. de 1Co 9:25)
4 A sua cauda arrastou a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra. E o dragão se deteve diante da mulher que estava para dar à luz, a fim de devorar o filho dela quando nascesse.
A. A sua cauda arrastava: Literalmente. "a sua cauda está arrastando". Em visão profética, João contempla o desenrolar da ação.
B. A terça parte: O evento simbolizado aqui é descrito em mais detalhes nos v: 7 a 9, e "a terça parte das estrelas do céu" pode representar um terço dos anjos celestiais, que se uniram à rebelião de Lúcifer e foram expulsos do Céu. Outros interpretam as "estrelas" como governantes judaicos, que eram divididos em três classes: reis, sacerdotes e o Sinédrio. A terça parte lançada para a Terra é interpretada como Roma tirando de Judá a autonomia de ter o próprio rei.
C. Devorar: O termo representa os esforços de Satanás para destruir o bebê Jesus. A atitude de Herodes, ao ouvir a mensagem dos sábios (Mt 2:16), torna apropriada esta representação do evento. Anos depois, Roma pagã se levantou contra o "Príncipe dos príncipes" (ver com. de Dn 8:25).
5 Ela deu à luz um filho homem, que há de governar todas as nações com cetro de ferro. E o filho da mulher foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono.
A. Um filho varão: Literalmente, “um filho, um homem".
B. Reger todas as nações: Uma alusão ao Salmo 2:8-9, claramente aplicável ao Messias. Essa aplicação era reconhecida pelos judeus. O ser descrito aqui é identificado como o “Verbo de Deus" e “Rei dos Reis" (Ap 19:13-16; ver com. de Ap 2:27; 19:15).
C. Arrebatado: Referência à ascensão de Cristo (Hb 1:3;10:12). Para cumprir o propósito desta profecia, o simbolismo deixa de lado a vida, obra, o sofrimento, a morte e ressurreição de Jesus, mencionando apenas a ascensão.
A. Fugiu para o deserto: Do gr. erēmos, "lugar abandonado, vazio, deserto", “lugar inabitado". Neste caso, sem dúvida, erēmos representa um lugar de isolamento ou obscuridade, para ocultara igreja do público (ver com. de Ap 17:3).
B. Lugar: Este local é chamado, no v. 14, de "seu lugar'". A proteção e o refúgio que a mulher encontrou foram designados e preparados por Deus.
C. Sustentem: O sujeito deste verbo é indeterminado e, sem dúvida, se refere aos vários agentes que Deus usou para preservar, fortalecer e edificar a igreja enquanto ela era severamente perseguida. O verbo vem do gr. trephø, "fazer crescer", "educar", "criar", "nutrir". O termo é traduzido por "sustentada" (v. 14). Deus cuida da igreja. Quando foi perseguida e exilada, o Senhor a sustentou e nutriu.
D. Dias: Este período de 1260 dias-anos é mencionado sete vezes nos livros de Daniel e Apocalipse (1.260 dias, em Ap 11:3; 12:6; 42 meses, em Ap 11:2; 13:5; e três tempos e meio, em Dn 7:25; 12:7; Ap 12:14; sobre o cálculo deste período, ver com. de Dn 7:25). Os adventistas do sétimo dia datam a época de 538 a 1798 d.C. Durante esses anos, a mão de Deus esteve sobre a igreja, preservando-a da extinção.
A. Houve: Literalmente, “e tornou-se".
B. Peleja no céu: João passa a narrar o grande conflito entre Cristo e Satanás no Céu, desde sua origem até o momento da vitória de Cristo na cruz (Ap 12:7-9; cf. Cl 2:14,15), o lançamento final de Satanás à Terra-nessa ocasião (Ap 12:10-12) e o decorrer do conflito na Terra até o tempo do fim (Ap 12:13-16; ver com. de Dn 11:35). Este rápido resumo forma o contexto para a extensa apresentação dos eventos relativos ao grande conflito durante o tempo do fim, que levam a seu término definitivo (Ap 12:17-20:15).
Em Apocalipse 12:9 a 11, João fala de maneira mais específica sobre a fase do conflito travado no Céu que se estende até a morte de Cristo na cruz. Essa conclusão tem claras evidências contextuais (ver com. do v. 9) Embora a visão se concentre, em primeiro lugar, no ponto central do conflito que ocorreu na cruz, é correto entender que as palavras “houve peleja no céu" também se referem a um período anterior à criação da Terra, quando começou a hostilidade de Lúcifer, que desejou ser igual a Deus (ver com. de Is 14:13,14; Ez 28:12-16). Nessa ocasião, ele e os anjos que simpatizaram com sua causa foram expulsos do Céu (ver 2Pe 2:4; Jd 6). Na época, os anjos leais não entendiam por completo todas as questões envolvidas. Entretanto, quando Satanás chegou a ponto de derramar o sangue de Cristo, tudo ficou exposto de forma plena e eterna diante das hostes celestiais. Desde então, suas atividades foram restringidas.
C. Miguel: Do gr. Michael, transliteração do heb. Mikael, que significa "quem [é] como Deus? Miguel é chamado de "um dos primeiros príncipes (Dn 10:13), "o grande príncipe" (Dn 12:1) e também de "o arcanjo" (Jd 9). A literatura judaica descreve Miguel como o maior dos anjos, o verdadeiro representante de Deus e O identifica com o anjo de Yahweh. De acordo com a Midrash, Miguel foi o anjo que defendeu Israel das acusações de Satanás (sobre Êx 12:29). Uma análise das passagens bíblicas sobre Miguel leva a conclusão de que Ele é o próprio Senhor e Salvador Jesus Cristo (ver com. de Dn 10:13; cf. Jd 9).
E. Seus anjos: Isto é, os anjos leais, os "espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação" (Hb 1:13).
F. Dragão: Ver com. do v. 3.
G. Seus anjos: Isto é, os anjos que se aliaram a Satanás em sua peleja contra Cristo (ver com. do v. 4).
A. Não conseguiram sair vitoriosos "não prevaleceram": Assim como a "peleja no céu" (v. 7), esta expressão pode ter uma aplicação dupla, referindo-se tanto ao conflito inicial no Céu entre Lúcifer e Deus quanto ao conflito na Terra entre Satanás e o Cristo encarnado. Nas duas etapas do conflito, os inimigos "não prevaleceram".
B. O lugar deles: Esta expressão pode ser interpretada como o lugar que eles ocupavam, ou como posição que lhes fora atribuída antes. Lúcifer desempenhara o papel de querubim da guarda ungido (ver com. de Ez 28:14), e os anjos que se uniram a ele em rebelião ocupavam diversos postos de responsabilidade. Tais posições forma perdidas quando Lúcifer e esses anjos saíram expulsos do Céu.
9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo. Ele foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.
A. Foi expulso: Satanás e seus anjos foram expulsos do Céu em eras passadas (2Pe 2:4), antes da criação deste mundo. Contudo, até a cruz ele devia ter acesso aos seres celestiais, de forma limitada, possivelmente, no papel de "príncipe deste mundo" (Jo 12:31, 32). No entanto, o contexto (Ap 12:10-13) deixa claro que, nesta passagem, João se refere, de maneira mais específica, aos acontecimentos ligados ao triunfo de Cristo na cruz. É possível destacar os seguintes pontos:
1. A proclamação (v. 10-12) feita por uma "grande voz do Céu" é mais ou menos parentética. Seu propósito é explicar a importância da expulsão de Satanás (v. 9), primeiro com respeito aos habitantes do Céu, depois, aos desta Terra. Após o parêntese explicativo, o v. 13 retoma a narrativa das ações de Satanás do ponto onde havia parado, no v. 9. Logo, os v. 10 a 12 fazem uma declaração acerca da condição do plano da salvação no momento em que Satanás foi "atirado para a terra".
2. A primeira fala da "grande voz" consiste em uma série de fatos relativos ao triunfo de Cristo sobre Satanás na cruz: o plano da "salvação” é assegurado, o “poder" foi providenciado para resistir às astúcias de Satanás, o "reino" de Cristo foi garantido, e Sua “autoridade para ser salvador, sumo sacerdote e rei sobre a Terra, foi confirmada (Mt 28:18).
3. O motivo-citado (Ap 12:10) para essa conquista quádrupla é que “foi expulso o acusador de nossos irmãos". Esta é uma ligação clara entre essas realizações e a expulsão do v.9.
4. Na época da expulsão (v.9, 10, 13), "o acusador de nossos irmãos" já atuava, acusando-os "de dia e de noite". Obviamente, a queda mencionada aqui ocorreu depois de um período em que Satanás vinha acusando os "irmãos", e não poderia ser a sua primeira expulsão do Céu, antes da criação da Terra.
5. O v. 11 atesta que e o "sangue do Cordeiro", a morte de Cristo na cruz torna possível a vitória sobre o acusador nossos irmãos".
B. O grande dragão: Ver com. do v.3.
C. Antiga: Do gr.archaios, "inicial", "velho", derivado de arche, "princípio". A palavra portuguesa "arcaico" deriva de archaios (comparar com Jo 8:44).
D. Serpente: Uma referência à serpente que enganou Eva (Gn 3:1).
E. Diabo: Do gr. diabolos, “um difamador" (ver com. de Mt 4:1).
F. Satanás: Do gr. Satanas, transliteração do heb. śatan, que significa "adversário"(ver com.de Zc 3:1).
G. Sedutor: Do gr. planaō, "fazer desviar", “tirar do rumo”, “enganar” (ver com.de Mt 18:12).
H. Mundo: Do gr. oikoumenē, literalmente, o "[mundo] habitado”, de oikeō, “habitar”(ver com.de Mt 4:8).
I. Para a terra: O conflito no Céu começou no contexto dos planos para a criação do ser humano. Quando a Terra foi criada, e Adão nomeado seu vice regente, Satanás direcionou seus esforços para derrotar o homem recém-criado. Quando conseguiu provocar a queda de Adão e Eva, reivindicou a Terra como seu domínio (ver com. de Mt 4:8, 9). Todavia, ele não restringiu seus esforços a este planeta, e tentou também os habitantes de outros mundos. Somente após a segunda vinda de Cristo, Satanás ficará completamente confinado à Terra (ver com.de Ap 20:3).
A. Grande voz: Há grande regozijo nas cortes celestiais por causa da expulsão de Satanás e suas hostes.
B. Agora, veio: O foco do tempo é a cruz (ver com. dos v. 7, 9). O)s habitantes do Céu podiam então se alegrar, pois a eliminação de Satanás estava garantida, Isso já estava certo no plano de Deus antes, mas então os seres celestiais se uniram em cântico, pois haviam contemplado a misericórdia de Cristo no Calvário, o que resultou na exposição da malignidade de Satanás e em sua derrota.
C. Salvação: Do gr. söteria, “livramento" "preservação" "salvação" e aqui, talvez, vitória". O texto grego traz o artigo, portanto. deve-se ler "a vitória".
D. Poder: Do gr. dunamis, "valentia", "forca". Sem dúvida, a referência neste caso é à demonstração de poder na expulsão do dragão.
E. Reino: Satanás argumentava ter direito ao governo deste mundo. Mas seu fracasso em fazer Jesus pecar garantiu o reina para Cristo
F. Seu Cristo: Ou, "seu Ungido"; ver com. de Mt 1:1.
G. Acusador: Satanás era o acusador dos irmãos na época do AT(ver Jó 1:8-12; Zc 13:1). Ele continua a desempenhar esse papel desde a cruz, mas de maneira restrita (ver com. de Jo 12:31).
H. Irmãos: Comparar com Ap 6:11.
I. De dia e de noite: Isto é, sempre que havia oportunidade.
H. Irmãos: Comparar com Ap 6:11.
I. De dia e de noite: Isto é, sempre que havia oportunidade.
A. Eles, pois, o venceram: A atenção do profeta é concentrada naqueles que foram acusados pelo instigador do mal. Ele pensa em como sofreram e nas injúrias a que foram expostos. Lembra-se de como, em meio às dificuldades, eles venceram não pela própria força, mas "por causa do sangue do Cordeiro".
B. Por causa do sangue: Ou, "com base no sangue". Os santos vencem por causa da vitória no Calvário (sobre a importância do "sangue", ver com. de Ap 1:5, Rm 5:9)
C. Cordeiro: Ver com. de Jo 1:29.
D. Por causa da palavra: Ou, "com base na palavra".
E. Testemunho: Isto é, o testemunho pessoal acerca de Jesus e do evangelho.
F. Não amaram a própria vida: Os fieis preferem morrer a desobedecer a Deus (ver com.de Jo 12:25).
12 Por isso, alegrem-se (festejai), ó céus, e vocês que neles habitam. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vocês, cheio de fúria, sabendo que pouco tempo lhe resta."
A. Festejai, ó céus: Houve festa no Céu porque os anjos e os habitantes de outros mundos tiveram a certeza de que Satanás estava condenado com a vitória de Cristo na cruz.
B. Ai: Ainda havia perseguição reservada para a igreja, por isso, seus membros ainda não podiam se alegrar.
C. Grande cólera: O dragão fica enfurecido por causa da derrota. Em vez de sentir remorso e tristeza pelo mal, afunda cada vez mais na iniquidade. Prossegue com malignidade intensificada em seus esforços de perseguir a igreja do Deus vivo (comparar com 1Pe 5:8).
D. Pouco: Do gr. oligos, “pouco", “pequeno”, quando usado para se referir a número, quantidade ou tamanho; “curto”, quando alude a tempo. Oligos é um termo relativo àquilo com que está associado no contexto. Por isso, oligos caracteriza “alguns peixinhos" na narrativa da alimentação dos 4 mil, em comparação com o número que seria necessário para satisfazer a multidão (Mt 15:34).“Poucos” (oligos) são os que encontram o caminho da vida, em comparação com os que escolhem o caminho da destruição (Mt 7:14). Jesus impôs as mãos sobre “poucos” (oligos) enfermos, em comparação com o total dos que poderiam ser curados, se não houvesse tamanha descrença (Mc 6:5).
Oligos se refere a tempo em oito ocasiões no NT. Em cinco delas, o elemento temporal é indicado pela própria palavra (Mc 6:31; Tg 4:14; 1Pe 1:6; 5:10; Ap 17:10) e ela é traduzida, respectivamente, por “um pouco”, “instante", “breve tempo”, “um pouco” e “pouco”. Em três casos, o elemento de tempo é expresso por uma palavra modificada por oligos (At 14:28, que diz, literalmente, “não por pouco tempo”; ver Hb 12:10; Ap 12:12). O período expresso por oligos depende do elemento com o qual o termo é associado. Por exemplo, o repouso mencionado em Marcos 6:31, que durou oligos, provavelmente continuou por alguns dias ou, no máximo, semanas. Em contrapartida, em Tiago 4:14, oligos se refere à duração da vida de um ser humano.
Em Apocalipse 12:12, oligos define o tempo decorrido entre a expulsão de Satanás por ocasião da cruz até o fim de sua tirania sobre os habitantes da Terra. Esse período é chamado de oligos em comparação com os mais de 4 mil anos que antecederam a crucifixão.
Pode parecer que os 2 mil anos desde a crucifixão, nos quais Satanás tem atuado para destruir a igreja, não pareçam "pouco tempo", nem de forma absoluta nem se comparado ao intervalo entre Adão e a cruz. Todavia, esta expressão deve ser compreendida no contexto de todo o Apocalipse, que retrata a vinda de Cristo como um evento próximo (ver com. de Ap 1:1; cf. Ap 22:20). Se Jesus vem “logo”, então o tempo para Satanás trabalhar é “pouco” (ver com. de Ap 17:10).
A. Mulher/igreja: Ver com. do v. 1. Por não poder mais atacar diretamente o Filho de Deus, o dragão tenta atingir o Filho por meio da mãe, perseguindo a mãe do filho varão, a igreja (ver com. do v. 6).
B. Filho varão: Ver com. do v.5.
14 Mas foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse para o deserto, para o seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora do alcance da serpente.
A. Duas asas: A imagem das asas de águia era familiar ao antigo povo de Deus. O livramento das mãos do faraó e suas hostes foi descrito por esta figura (Êx 19:4; Dt 32:11). Alguns veem nestas asas um símbolo da pressa com que a igreja deveria encontrar segurança.
B. Sustentada: Ver com. do v.6.
C. Um tempo, tempos: Ver com. do v. 6.
15 Então, a serpente lançou da boca água como um rio atrás da mulher, a fim de fazer com que ela fosse arrastada pelas águas.
A. Água como um rio: O dragão é mencionado em conexão com águas (ver Ez 29:3).É provável que venha daí a figura da água como símbolo de destruição. Satanás tentou destruir a igreja cristã por meio de uma inundação de falsas doutrinas, bem como de perseguições (ver com. de Ap 17:15).
A. A terra porém, socorreu a mulher: Alguns defendem que "terra" neste texto representa regiões pouco habitadas, em contraste com “águas", que representam "poros; "nações" e "línguas" (Ap 17:15). Na época da Reforma, havia multidões na Europa e no Extremo Oriente, mas o continente norte-americano era pouco habitado. Por isso, esta seria a "terra" que ofereceria alívio à igreja perseguida no velho mundo. As regiões protestantes da Europa ocidental, que se transformaram em campos de perseguição, também podem ser incluídas. Outros identificam na Reforma protestante em si o principal fator para quebrar o domínio da igreja apostatada.
B. Engoliu: Isto é, eliminou a eficácia dos instrumentos de destruição.
A. Irou-se: O fracasso em destruir a igreja no deserto intensifica a ira do dragão, tanto que ele sai com grande determinação de pelejar contra o povo de Deus, em especial contra "os restantes da sua descendência".
B. Foi pelejar: Na tentativa de destruir a igreja. O maior esforço do dragão, nesse sentido, ainda está no futuro (ver com. de Ap 13:11-17; 16:12-16).
C. Restantes: Do gr. loipoi, “aqueles que restam"; de leipō, “deixar", “deixar para trás”.
D. Guardam os mandamentos: O fato de os restantes, ou o remanescente, serem identificados assim revela que os mandamentos de Deus são um ponto de forte controvérsia na luta entre o dragão e a igreja (ver com. de Ap 14:12).
E. Testemunho de Jesus: No texto grego, esta expressão pode ser interpretada como o testemunho dos cristãos a respeito de Jesus ou o testemunho que se originou com Jesus e é revelado à igreja por meio dos profetas (ver com. de Ap 1:2). A comparação com Apocalipse 19:10 favorece a última interpretação. Nesse texto, o "testemunho de Jesus" é definido como o “espírito da profecia", significando que Jesus testemunha à igreja mediante a mensagem profética.
A relação entre o “testemunho de Jesus" e a profecia é ainda mais atestada pela comparação entre Apocalipse 19:10 e 22:9. O anjo se identifica como “conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus" (Ap 19:10), e como "conservo teu, dos teus irmãos, os profetas" (22:9.). Considerando que as duas expressões do anjo são paralelas, os que têm o testemunho de Jesus são identificados com os profetas. Uma vez que os profetas têm a distinta obra de anunciar as mensagens de Jesus (ver com. de Ap 1:1), a interpretação de que o testemunho de Jesus se refere ao “testemunho" que Ele dá à igreja se mostra coerente. Portanto, os adventistas do sétimo dia interpretam assim esta passagem e creem que o remanescente se distingue pela manifestação do dom de profecia. Acreditam que o “testemunho de Jesus” é aquilo que Jesus testemunha a Seu povo por intermédio do dom profético.
A. E o dragão pôs em pé: O verbo se refere ao dragão, que se coloca em pé na praia aguardando a besta, a quem pretende investir com poder e autoridade (Ap 13:2). Algumas versões traduzem “e eu pus-me" (ARC), colocando a frase no cap. 13:1. Contudo, evidências textuais favorecem a versão mantida pela ARA. Caso a variante “e eu pus-me” seja adotada, João simplesmente estaria descrevendo a posição em que se encontrava quando viu a besta emergir.
B. Areia do mar: Sem dúvida, o mar representa povos, nações e línguas, neste caso (ver com.de Ap 17:1, 2, 8; cf. com.de Dn 7:2).
REFERÊNCIAS
Bíblia Online (Almeida Revista e Atualizada, Bíblia - Almeida Corrigida Fiel, Bíblia - Nova Almeida Atualizada). https://www.bibliaonline.com.br/
Revista BibliaFacil Apocalipse. https://biblia.com.br/estudo-biblico-biblia-facil-sobre-apocalipse/
Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia: Filipenses a Apocalipse, Volume 07. CPB, Tatuí, SP. 2014.
Bíblia Online (Almeida Revista e Atualizada, Bíblia - Almeida Corrigida Fiel, Bíblia - Nova Almeida Atualizada). https://www.bibliaonline.com.br/
Revista BibliaFacil Apocalipse. https://biblia.com.br/estudo-biblico-biblia-facil-sobre-apocalipse/
Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia: Filipenses a Apocalipse, Volume 07. CPB, Tatuí, SP. 2014.